Mentalmente checo, a cada hora do dia, uma lista de prioridades e a sensação é de sempre estar com apenas 30% dela completada. Estou na contagem regressiva!
O começo de tudo...
Há mais ou menos uns 2 anos eu comecei com essa fome de viajar, posso dizer faminta, meu destino inicial era fazer uma viagem como Au Pair para alguma cidade dos EUA, além de ser uma opção barata, diziam ser mais "seguro". A verdade é que eu não sabia por onde começar. Eu havia acabado de fechar minha empresa e precisava arranjar outro trabalho para pagar o bolo de contas em que havia me enfiado, um pequeno empresário sabe do que estou falando.
Arranjei um emprego, por indicação de uma amiga, em uma escola de inglês. Considerei aquilo um sinal, eu pendei: — Devo partir em breve!
E o tempo passou...
Não vou entrar em detalhes de como meu destino foi mudando a partir daquilo, e em 6 meses eu havia mudado o destino para Paris, e estava procurando dar um motivo a mim mesma para essa viagem. Comecei a fazer milhares de atividades, comprei um pandeiro e comecei a treinar em um bar de samba que adoro, fiz muitas amizades, estava começando a me enroscar no amor e o fato de não ter um diploma martelava na minha cabeça por milhões de motivos.
Certa noite acordei aguniada querendo tirar da cartola uma psicóloga que me orienta-se, porque eu estava totalmente perdida.
Minha pisicóloga de uma sessão me deixou confiante e eu tive certeza que deveria entrar na faculdade e acho que a psicóloga tinha certeza que eu devia morar na psiquiatria, ela queria que eu me mantivesse no rumo da viagem.
Pois bem, fui a faculdade entrando para o ano letivo com um mês de atraso, e tive o cuidado de escolher uma que fosse boa na área que queria cursar com oportunidade de intercâmbio para a França. Comecei a descobrir que fazer o intercâmbio era caríssimo, e meio que esquecendo dessa história de viagem eu ia levando os estudos muito bem, só que em meados de setembro de 2009 conheci o Jose (nome dele brasileiro) e tudo mudou.
Australiano alto, um ser saído dos filmes e agora acho que do conto de fadas da minha vida. Devo dar satisfação aos meus professores que ele foi o meu motivo de mal desemprenho naqueles quatro dias de aula, ou que perdi prova ou que faltei. Cinco dias no total. Intensos.
E aí ele partiu de volta ao seu país.
Bem... depois que eles partem você pensa: — É isso! Eu não poderia esperar muita coisa com tão poucos dias, sem contar que ele mora do outro lado do mundo literalmente!
Eu poderia me estender mais nessa história, mas farei nisso em um outro post!
Resumindo...
Ele voltou em maio e junho deste ano para ficar comigo e antes de vir havia me perguntado: — Se tudo der certo, você sabe, entre nós, aí no Brasil, você viria para cá?
— Está perguntando se macaco quer banana? Eu pensei.
Deduzo que já saibam minha resposta.
E a idéia de ir pra França não foi dizimada, quando se compra livros, dicionários, traduz suas redes sociais e encabeça uma empreitada de ficar no www.livemocha.com (recomendo mais que sorvete) o máximo de tempo possível aprendendo o francês, que depois da minha língua materna é uma das que acho mais encantadoras e sexy, devo dizer que pode ser futuramente a minha próxima viagem de bolso.
Bem vou para Perth, Austrália.
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